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Uma
história de luta, desespero e milagres. Bianca Toledo viu a morte de
perto e quase não pode conhecer seu filho, mas Deus operou uma grande
obra na sua vida.-Confira no final do post linque para matéria publicada em Fevereiro com vídeo…
O Portal Creio acompanhou o sofrimento de Bianca, que hoje conta, com
exclusividade, como tudo aconteceu e como tem sido a sua recuperação. À
pedido do Portal Bianca Toledo optou em escrever uma carta relato sobre
todos seus momentos e a cura.
O TESTEMUNHO DE BIANCA TOLEDO:
Eu nasci em Brasília, e desde pequena, a minha família se reunia para me ouvir cantar.
Muito tímida, me negava a participar de apresentações
públicas na escola, mas estudava piano, violão e já escrevia canções
para os amigos e para Jesus, que havia conhecido na igreja católica, no
movimento carismático.
Aos 16 anos mudei-me para Araçatuba, interior de São
Paulo, onde tive um encontro marcante e transformador com Deus, na
comunidade evangélica e decidi dedicar minha vida totalmente a Ele.
Mergulhei na Palavra de Deus e dediquei-me a busca do Espírito Santo com
todas as minhas forças, pois finalmente havia encontrado meu lugar.
Com 18 anos fui para São Paulo para estudar
psicologia, mas acabei transferindo meu curso para faculdade de música
já que meu ministério com louvor e adoração era cada dia mais presente.
Comecei a participar de gravações e minhas canções começaram a ser
gravadas. Na igreja, alem do ministério de louvor, dedicava-me à visão
celular, apaixonada pela missão de ganhar vidas e formar líderes
transformados pelo poder de Deus.
Com 21 anos fui desafiada a participar do programa
“Raul Gil”, descobrindo que minha missão ultrapassava as paredes da
igreja e que minha música seria ouvida por todos, alcançando também o
público secular. Nunca havia cantado fora da igreja, eu escolhia canções
que pudesse cantar para Deus e minhas interpretações eram intensas
exatamente por esse motivo. Permaneci no programa por um ano, vencendo o
concurso “Usina de Talentos” e gravando um CD.

Bianca Toledo em apresentação no Criança Esperança, em 2007
Em 2007 participei do encerramento do programa
“Criança Esperança”, na rede Globo, e no final de 2008 gravei meu
primeiro álbum solo: “O Amor Prevalecerá”. O diferencial deste disco
está na brasilidade do som e na maneira natural com que a poesia de
minhas canções expressar minha espiritualidade, cativando e atraindo
pessoas de diversas religiões, promovendo um encontro suave com Deus
através de cada faixa.
Sempre tive o sonho de ser mãe, mas na adolescência
descobri uma endometriose, que, na época, foi tratada, mas ainda assim
me impedia de engravidar.
No inicio de 2010, recebi essa maravilhosa surpresa,
iria ser mamãe. A maior emoção de minha vida. Finalmente meu sonho
havia se realizado! Logo nos primeiros meses soube que esperava um
menino, e o gerava sabendo que seria um profeta para as nações. Por oito
meses dediquei-me integralmente à saúde e aos preparativos para receber
a minha herança. Na 36ª semana, 15 dias antes da data agendada para o
parto, acordei com uma dor abdominal aguda, acreditando que chegara a
hora de ter o bebê. Corremos para a maternidade, e, chegando lá, não
eram sinais de parto, algo havia acontecido e ninguém sabia o que era.
Fui transferida de hospital, e novamente aguardava um diagnóstico,
piorando dia a dia. Toda a igreja e as redes sociais começaram a se
movimentar em oração e toda a família viajou para o Rio de Janeiro, onde
hoje moro, para acompanhar tudo de perto.
Dia 11 de outubro José Vittorio nasceu, mas eu
precisei ser entubada no parto e não pude conhecer meu filho. Meu
organismo entrou em choque e fui submetida imediatamente a uma cirurgia
que confirmou: meu intestino havia se rompido e eu tinha uma sepcemia.
Todo meu organismo havia sido infectado e a minha vida ficou por um fio.
José Vittorio foi para UTI Neonatal, e 10 dias depois
para casa. Eu permaneci 52 dias em coma lutando diariamente pela vida,
desenganada pelos olhos naturais, visto que já havia passado por 10
cirurgias, feito mais de 300 transfusões de sangue, tido duas paradas
cardíacas – uma de mais de 8 minutos – e contraído inúmeras bactérias
hospitalares, inclusive a pior delas, chamada KPC. Inúmeros antibióticos
fortíssimos foram ministrados, me deixando desfigurada e com um quadro
de edema generalizado.
Os sistemas cardiovascular, respiratório e renal estavam falidos. A única esperança era um verdadeiro milagre.
Os boletins médicos eram divulgados na internet
diariamente e igrejas do Brasil todo e de fora do Brasil, se uniram em
um clamor incessante pela minha vida.
Havia um relógio de oração de 24 horas preenchido por muitas pessoas que não me conheciam, mas foram levantadas a orar por mim.
Muitos pastores e ministros de louvor me visitavam no
Centro de Tratamento Intensivo (CTI) e ministravam minha vida, crendo
no poder da ressurreição.
Minha pastora, Fernanda Brum, levantou um clamor pela
minha vida em todos os lugares por onde passava com seu ministério,
Profetizando às Nações. Ela, definitivamente, não abriu mão de minha
vida.
Enquanto as pessoas oravam por mim, vidas eram transformadas e milagres aconteciam por todo o Brasil.
No início de dezembro, sai do coma, mas minha
respiração era mecânica e não havia mais movimentos em meu corpo. A luta
pela vida continuava, mas agora estava consciente e, por esse motivo, a
angústia de minha família era maior.
Eu acordei e aos poucos comecei a entender o que
havia acontecido. Sabia que agora estava só, meu bebê não estava mais
comigo. Estava presa em um leito, sem poder falar, sem me mexer, com
muitas lembranças dos dias de coma, com febres terríveis, longe de todos
e com poucas horas de visita familiar por dia. Na maior parte do tempo,
observando o movimento do CTI, eu tentava entender o que havia
acontecido comigo, sem imaginar como um dia minha vida voltaria ao
normal, já que nem respirar sozinha eu podia.
Todos que iam me visitar se impressionavam a me ver
daquela forma e muitos não continham as lágrimas. Minha aparência e meu
diagnóstico eram um desafio de fé para os mais fervorosos irmãos de
oração.
Passei o natal e o ano novo no leito, sem falar, sem
me mexer, pensando que havia uma vida lá fora, meu filho estava em algum
lugar e

Bianca após o coma
eu estava ali, a espera de um milagre. Eu pedia ao
Espírito Santo que ficasse comigo, e foi Ele que me sustentou em todos
os momentos, zelando cuidadosamente por mim.
A pastora Fernanda havia deixado um MP4 que tocava
louvores e ministrações da Palavra 24 horas ao dia. E eu era alimentada
por isso.
Havia uma guerra pela minha vida, isso é um fato. Mas Deus não desistiu de mim.
O clamor não cessava e, no fim do ano, o desejo do
coração de muitos era me ver curada e de volta a vida, com a
oportunidade de conhecer meu filho e poder criá-lo.
No dia 31 de dezembro fui transferida novamente de
hospital. Quando suspenderam todos os medicamentos, meu organismo
surpreendentemente reagiu.
Dia a dia comecei a apresentar melhoras e ouvir os
testemunhos de oração que chegavam até mim. Comecei a acompanhar o
movimento pela internet, mas ainda não falava e nem tinha perspectiva de
voltar a andar ou mesmo ficar em pé.
Fazia seis horas de hemodiálise por dia. Perdi meu
cabelo e começava a ficar, aos poucos, livre do respirador. Haviam
grandes feridas abertas no meu abdome, sem perspectiva de fechar e todos
os dias eram buscados métodos de drenagem e cicatrização. Fui para um
CTI semi-intensivo e minha família pode passar mais tempo comigo, o que
me ajudou muito, muito mesmo.
Eu me comunicava através de um quadro com letras,
onde apontava e formava frases, que na maioria das vezes diziam: Tenho
fome, tenho sede.
Estava há meses sem um gole de água e sonhava com o
dia em que voltaria a ingerir alguma coisa. Vivemos milagres diários.
Vencemos as bactérias, o respirador, e meu rim voltou a funcionar na
última semana, me fazendo vencer também a hemodiálise.
Recebi alta no dia 18 de fevereiro conseguindo ficar
em pé e dando poucos passos apoiada, mas com a maior expectativa de
finalmente ver meu filho, que já tinha quase cinco meses.
Quando cheguei em casa, olhei para ele e ele sorriu
pra mim. Talvez um dia eu consiga explicar o que senti naquele momento.
Eu ainda não podia tocá-lo, e permaneci assim por mais 40 dias. Não
podia ser tocada por ninguém, por causa da colonização das bactérias.
Minha reabilitação foi intensa, porque ainda não
caminhava e era totalmente dependente. Minha voz era muito baixa e
rouca, por tantos meses sem falar.
Tive que vencer inúmeros conflitos diários. Reaprendi a vida nos mínimos detalhes.

Bianca e seu filho, José Vittorio
A perda dos cabelos, a perda da voz, as inúmeras
marcas no meu corpo, a construção do vínculo com meu filho. Teremos
muitas oportunidades de falar sobre tudo isso, porque são experiências
muito preciosas que tive e tenho tido com Deus. Eu vou registrar tudo
isso em um livro que espero ficar pronto ainda este ano.
Mas hoje eu posso dizer que haverá dias sem
respostas, noites longas também, mas o regente de todas as coisas compõe
uma nova canção no silêncio.
Devo muito ao clamor da igreja, às campanhas de
doação de sangue, à união do povo de Deus. Sou a prova viva de que Deus
ouve a oração do seu povo e tem poder pra ressuscitar os mortos, Ele é
poderoso para dar, tirar e voltar a dar. Ele simplesmente É.
Em cinco meses de reabilitação estou independente, voltando à vida normal. Que certamente nunca mais será a mesma.
Preparando minha voz com uma fonoaudióloga e ainda seguindo com a fisioterapia.
Existe um caminho ainda para a recuperação total, mas
é um caminho glorioso e cheio de milagres. Por onde passo as pessoas
são tocadas por esta historia terrivelmente transformadora.
Preciso dizer ao mundo que Deus existe, envergonha a incredulidade, surpreende a ciência e eu sou a prova viva do Seu poder.
Confira matéria publicada pelo inforgospel quando da
saída da cantora do hospital em Fevereiro/11 e hoje ela conta o seu
testemunho para honra e glória do Senhor nosso Deus (com vídeo)
CLIQUE AQUI.
Confira um hino da Bianca que canta no estilo Musica Popular Gospel e seja abençado(a):